Sofia Alonzo é uma viciada em tecnologia,não vive celular e internet,então quando deixa seu celular cair no vaso após uma noite de bebedeira sente uma necessidade urgente de comprar outro,mas ela não imaginaria que este novo aparelho e a misteriosa mulher que o vendeu fariam muito mais do que ajuda-la se comunicar.
Numa
reviravolta a garota vai parar em uma praça de sua cidade,porém 180 anos antes
de seu tempo,sem saber como voltar pra casa.
“— E
parcelamos no cartão, claro. Além disso, ele possui tudo o que você deseja ou precisa.
— ela enfatizou a palavra com um sorriso esquisito na boca. — É fantástico.
Aposto que mudará sua vida, querida.”
A personagem é “moderninha”,desajeitada,não acredita no matrimônio,usa muitas
gírias e acredita que sexo seja algo muito natural,o que é receita pra muita
confusão no século XIX,afinal ,apesar de adorar ler romances que se passam
nessa época,ela nunca cogitou viver nela. Por isto mesmo o choque temporal foi
uma das melhores partes do livro,afinal é impensável pra mim,como era para
Sofia,viver sem internet,celular,geladeira,microondas e papel higiênico (dei
boas risadas ao descobrir junto com ela o que o substituía),além de que vários
costumes daquela época,hoje são
absurdos.
Ian,que
é quem a resgata e ajuda nesta jornada, é um príncipe sem o título,educado,certinho,artístico
e romântico com uma pitada de uma sensualidade um tanto clichê (com sua voz
rouca e sussurada) e o romance entre eles é bem trabalhado e real,apesar do
curto espaço de tempo,levando a protagonista a ter de tomar uma decisão difícil,tendo
a certeza de que é impossível ter tudo.
“— Sabe bem onde está se metendo, não
sabe?
—
Sofia, não tenho escolha! Meti-me na maior confusão de minha vida quando parei
para ajudá-la. — eu fechei a cara. Ele riu. — E vou agradecer todos os dias por
ter feito isso.”
Perdida
foi uma leitura rápida e muito agradável,entrando pra lista de livros pra se
ler em um só dia. Fiquei muito feliz com minha primeira leitura do ano,até
porque não esperava muito dela,apesar do tema abordado me encher os olhos. A
escrita da autora é leve,aborda a viagem no tempo de forma diferenciada porém acredito
que poderia ter sido um pouco melhor aproveitada a ambientação no Brasil
imperial,o que não compromete em nada o intuito do livro: entreter.
Classificação: 4 de 5 estrelas possíveis.